terça-feira, 19 de agosto de 2008

Via Direta


O que nunca devemos esquecer é que sempre somos parte do que procuramos entender: a suposta lacuna entre o conhecedor e o conhecer é mais como uma linha faltosa ou fronteira móvel do que uma fenda propriamente dita.

(Chris Lawn, sobre o pensamento de Gadamer)

Pai...
Pai, olho tuas mãos,

Elas são importantes na construção de teus filhos;

Que elas saibam ser firmes no orientar,

Serenas no amparar;

Que elas não fujam ao dever de punir,

E não se aviltem por agredir...

Tuas mãos, pai,

Devem ser o exemplo do teu trabalho

E que não se abram apenas materialmente,

Que isso é um modo de fechar a consciência,

Mas que, ao abri-las estejas abrindo muito mais

O teu coração e a tua compreensão...

Teus olhos, pai,

que responsabilidade eles têm,

Que eles vejam as qualidades de teus filhos,

Por pequenas que sejam, para que as faças crescer,

Mas que não deixem de ver os defeitos e as falhas,

Porque pode ser teu o dever de corrigi-las...

Não te consideres, pai, sem defeitos,

Mas que isso não te desobrigues

Da perfeição de ensinares o que sabes certo,

Ainda que tu mesmo tenha dificuldade em segui-lo,

Mais importante do que conseguí-lo,

Sem dúvida será lutar por ele.

Pai, o que se quer de ti,

É que pai sejas,

No conceber por amor,

No receber por amor,

No renunciar por amor,

No amor total dos filhos que,

sem teu amor,

perderão o significado da própria vida.

Pai, estás presente no sangue,

Na herança biológica,

Na cor, no nome, na língua,

Tudo isso, porém, desaparecerá

Senão te fizeres presente no coração.

Autor Desconhecido

sábado, 5 de julho de 2008

Solidariedade


“Só quem sofreu
Pode avaliar quem sofreu
Pode se identificar
pode ter o mesmo sentir
Só quem sofreu
tem palavras de puro mel
Que transmitem todo calor,
para quem precisa de amor
E o Cristo encarnou,
sofrendo como homem a dor
sabendo o que é padecern
a mente e no corpo
E ele sofreu,
e até a própria morte venceu
mostrando amor capaz de atender
a todo homem”

Sérgio Pimenta.

Nos importamos com a dor de inúmeras famílias que perderam seus queridos em acidentes no trânsito ou por balas perdidas.
Faça abaixo-assinado, vá às ruas, vista-se de branco ou preto, faça alguma coisa.
Indigne-se!!!

Não Espere ... Crie Você Mesmo!


Nem tudo é fácil
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua. É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas... É difícil pedir perdão?
Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar? S
e alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!

Cecília Meireles

terça-feira, 1 de julho de 2008

Dia dos Namorados

No dia 28 de junho na Betesda Abolição tivemos um jantar em comemoração ao Dia dos Namorados.

NÃO DEIXE O AMOR PASSA

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade









sábado, 21 de junho de 2008

Via Direta


"É, pois, essencial que tenhamos fé se queremos ser úteis, e que tenhamos grande fé se almejarmos ser extraordinariamente úteis." Charles H. Spurgeon
"Eu e o Pai somos um." Jesus Cristo

Por Dentro da Palavra

ASPERSÃO

Só as palavras me salvam. Descobri que as palavras me curam. Aprecio prazeres como quem quer continuar vivo. De todos que encontro, poucos me atravessam esteticamente como os que falam, escrevem, traduzem, deliram, pensam, significam ou simplesmente salvam-me de mim: êxtase. Quando tenho fome, desejo quitutes. Cansado, sonho acordado com a cama. Carente, busco em brasa o corpo amante da esposa. Mas doente, desespero por palavras. Devoro Pessoa, Quintana, Adélia, Drummond, Lya Luft, Mia Couto, Rubem Alves, Chico, Lenine, Kierkegaard, Nietzche. Gente que proseia a vida. Gente feita e fazedora de palavras, essas que me arrancam de mim, doente e triste. E se me devolvem a mim, quando me devolvem a mim, livram-me de mim.
Redescobri o evangelho, a boa-notícia bíblica se faz revelando de Deus que é palavra feita gente, verbo encarnado. A novidade luminosa cura o povo que andava em trevas nas réstias das palavras. Jesus é a vida apalavrada, redimida, curada. Verbo generoso. Palavra que sente, abraça, chora, come e bebe, vive e morre, ressuscita e arrebata.
Deus não é gente sem o verbo, humanizar é palavrear. Homem não é gente sem palavras, divina é a palavra, a mais humana delas. Nas palavras encontro Deus, sem que dele mesmo fale. Nelas, acho-me, sem que a mim mesmo explique. Anônimos, livres e voláteis, eu e Deus, tudo e todos. Amantes. Amigos. Amores. Redenção.
Há as palavras que broxam, mordaças do eros.
As que violam, bofetes da ignorância.
Espanto estético, as que enfeiam, tribufus,
falatórios descuidados, mal amadas.
Mas há as palavras falantes,
do sombrio e luminoso,
do incerto e verdadeiro,
inquietas e sossegadas,
da vida, de nós, do mundo de mim mesmo, misterioso e escorregadio, lugar para o divino, para as palavras.
Acordo calado, olhar lúgubre, suspiro de quem carrega a vida como morte. Peso que esmaece as pernas e os braços, quase encerra as pálpebras. Olhos ardidos de angústia. Fico assim bem mais que gostaria de admitir. Até que as palavras me encontram, distraído de tristeza, sussurram por minha atenção. Se olho, ouço. Aos ouvidos, imagino. Se escrevo, como que paridas por mim no papel, na tela, nos nervos. Posso senti-las bombeadas do coração, esparsadas sob a pele, a alma latejando. Aspergido por palavras, já sou outro. Melhor e o mesmo.

Por Elienai Cabrail Júnior